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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sentir-se bem? é algo que não ouço falar já faz um tempo, pelo menos não quando estou sozinha. Acordar sendo amada é muito fácil, acordar sentindo a certeza do outro também..difícil mesmo é acordar sendo trocada. Na tristeza a gente pensa mais no outro do que na felicidade, e por isso o amor anda lado a lado com a tristeza, é na tristeza que se ama. Na felicidade claro, tem amor, mais tem confiança, o amor sozinho é medo, puro medo.
Cada dia que passa, eu fico mais longe de onde eu quero estar...nada faz sentir-me melhor. A culpa em partes é minha, quem mandou eu acreditar em contos de fadas? em mundo perfeito e pessoas perfeitas? quem mandou eu ver tanto filme e me envolver tanto com eles? agora pra mim, parece que se algo ruim aconteceu uma vez..nada, nunca mais vai ser a mesma coisa. Talvez, se eu conseguisse entender o que aconteceu, talvez se eu tivesse forças para ouvir uma explicação sincera..com todas as palavras que doeriam no coração de uma amante, assim quem sabe o sofrimento passaria...ou, eu terei que fazer algo para me libertar dele. Boa a época em que meu ser era todo pedra, ultimamente estou pensando que vou ter que voltar a ele, desistir logo de uma vida com amor.

domingo, 12 de dezembro de 2010

cadê aquela sensação de paz, de proteção que a muito tempo eu não vejo? o que foi que deve ter sido feito para que ela fosse embora desse jeito, sem deixar o mínimo de rastro para que eu pudesse caça-la de volta depois? Como é possível, quando nada mais parece faltar, você se vê preso em quatro paredes cheia de coisas e ao mesmo tempo tão vazia e sem sentido. Aonde foi parar a ansiosidade, a procura, a náusea no estômago e os apertos de felicidade no coração? aonde foi parar os pensamentos bons de te fazerem sorrir até enquanto você dorme? porque agora só aparecem pensamentos de ódio, de raiva, sem confiança, desprotegida, porque tudo está tão fora do lugar..quando tudo parece estar tão certo? certa vez, Fernando Pessoa escreveu 'Hoje não há mendigo que eu não inveje por não ser eu'.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Esse clima de fim de ano nos faz pensar em todas as coisas que já vieram e que ainda estão por vir, te dá aquela sensação de alívio, de desespero, de raiva, de aleluia e de pena. Ta chegando a hora, em tantos tropeços, de entender o que finalmente é crescer, talvez eu não compreenda isso por inteiro..na verdade, eu com certeza não compreendo isso, mas sei que agora é o início, o fim nem sempre significa realmente o fim, apenas um ciclo que se fecha, está na hora de aprender a ser fiel a si mesma, a aceitar as verdades, a acreditar sempre que tudo é possível, afinal..da onde foi que tiraram todas aquelas histórias de contos de fadas? e de literatura? tudo isso se inspira na vida! então, se pensar-mos desse jeito, todas as fantasias que vemos não são tão impossíveis assim. Chegando ao fim de um túnel, as vezes escuro, claro, as vezes colorido, finalmente tenho a vontade de tentar enxergar, e de enfrentar as imagens novas que tenho para ver, aceitarei tudo que me foi dado, mesmo não achando algumas coisas justas, mas presente não se devolve, é igual a uma dádiva..você pode no começo não saber para o que serve, mas sempre vem em hora certa! a partir de agora vou fazer as coisas por mim, eu atravessei um túnel inteiro, o que são apenas alguns passos certo?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um dia como outro qualquer

Era um dia como outro qualquer, com a podridão que a muito lhe pertencia e com a falta de ética ao seu redor. O dia inteiro ela mais pensa do que fala, tem pessoas que não merecem a podridão dela. Desde cedo aprendeu como a vida era, desde cedo sabia quer iria ser assim...maldito mundo que lhe tirara as grandezas de menina e trouxera as verdades de mulher. Ela só observava cautelosamente as pessoas, mas não diria ao certo o que pensa, ela sabia que lê-la envenenava a alma.
A menina se preparava para dormir, estava com o seu pijama de sempre, deitou em sua cama e cobriu-se com seu cobertor de malha macia, que lembrava primavera e cheirava a felicidade de duas noites atrás. Precisava de algo para por entre os braços, algo que abafasse sua dor, pegou uma pelúcia e abraçou-a com toda força. Enquanto olhava para o teto a menina pedia para que cuidassem de sua família, para que as pessoas algum dia merecessem não a ela, que contagiaria, mas alguém melhor, que tivesse consigo tudo que lhe cativara, e que tivesse cativado tudo que tinha consigo, foi interrompida pelo toque do telefone, a voz que ouvia era linda, lhe trazia paz como nas historias de princesas, mas ao invés de estar presa com um dragão estava presa entre seus pensamentos de sempre, e o homem de voz encantadora passava por tudo, como se fosse fácil, e a salvava. Ele sim lhe lembrava primavera. Ao desligar desejou ter sempre de súbito vontade de sorrir, e para isso a primavera teria de ser constante em sua vida. Virou para parede e com seu cobertor lilás, um bichinho de pelúcia, anel no dedo e televisão ligada a menina-mulher com toda a sua graça adormeceu. Era um dia como outro qualquer.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

palavras escritas.

Estava tão escuro que era impossível tentar enxergar algo, eu só imaginava suas feições pelo seu tom de voz, querendo gritar, porém não gritava por já ser de madrugada, ouvia uma angústia na voz, raiva. Era de se esperar, as lágrimas que saem de mim frequentemente, deram o ar de sua graça,-como diria minha avó- por sorte eu conseguia não emitir sons, deitei na cama ao contrário, o mundo já estava começando a virar mesmo, não mudaria muito se eu virasse com ele, mais parece que tentar estar longe foi pior, as palavras pioraram, saiam com maior agilidade, tanto de rapidez como de machucar. Usava o resto de forças que tinha para levar as minhas mãos e colocá-las em meus ouvidos, com intenção de que dessa forma as palavras diminuíssem, que tudo isso acabasse e eu pudesse voltar com os pés no chão, e dormir no pedaço de cama que de algum jeito me pertencia de uma forma tão serena e intensa. Me levantei, destranquei a porta e sai correndo de lá, eu poderia ficar em qualquer lugar menos dentro daquele quarto sufocante. Como eu adoro a vista daquela janela, tudo tão escuro e ao mesmo tempo tão claro, não é uma vista rural, de paisagens ou belos fenômenos da natureza, era a vida normal, a minha vida, e a de milhões de pessoas que passam por você todos os dias e você nem ao menos nota, tentava me concentrar na vida dessas pessoas, pois com certeza estaria melhor do que a minha, nesse momento ele sentou ao meu lado e me apoiou em seu colo, eu não conseguia sentir raiva, muito menos repúdio, eu já o machucara tanto, que se ele me machucasse seria um jeito bom de retribuir, as lágrimas caiam cada vez mais, dessa vez não consegui ficar calada, eu queria gritar para todas as pessoas do lado de fora daquela janela o quanto estava doendo, e o quanto mesmo assim eu gostava disso, não sei se é porque isso aguça muito minha forma de escrever ou se eu simplesmente queria que ele me culpasse para que eu me sentisse menos culpada. Ele me envolvia em seus braços, e eu me sentia tão idiota por não conseguir parar as lágrimas, ei o corpo é meu e os sentimentos também, se eu quiser que vocês parem é isso que deve ser feito, mais de nada adiantava, eu só queria sentir cada vez mais aquela dor rasgante que me alimentava a alma. Agora já fora, as palavras já foram ditas, as atitudes já foram tomadas e agora só resta os pensamentos, que eu insisto sempre em transformar em palavras escritas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Quando menos se espera, ele vem!

Em um final de dia num prédio qualquer, horas trocava uma frase e meia com alguém, horas cambaleava sem destino,- tentando não ter pensamento algum- naquele momento o que eu mais queria era não ser eu, estar no corpo de qualquer outro objeto inanimado apenas para não sentir o que estava sentindo, olhava para o copo em minha mão tentando ver se ainda havia esperança de que mais um daquele me tiraria daquele lugar para sempre, daquele corpo, se possível daquela vida. E perdida entre o corredor perto da entrada eu o vi passando, naquele momento me esqueci o porque de eu estar ali parada sem ninguém a minha volta, e sem procurar ninguém para estar ali comigo, esqueci o que eu pensava, do que tanto me atormentava a meros 5 segundos atrás, ele não estava nem um pouco perdido como eu estava, nem parecia triste ou desolado, ele nem sequer me olhava e eu estava lá com dores no estômago só de olhar pro sorriso dele, como disse Tim Burton "Quando encontramos o amor de nossas vidas o tempo para e só existem duas almas, só existe uma frequência (agora sem trema) cardíaca, calafrios e tonturas, mãos suadas e respirações ofegantes". Minha amiga esbarrou em mim neste momento e eu estava meio perdida, assim como o Tim também disse que quando o tempo perdido se recupera, ele passa milhões de vezes mais rápido e ela me olhando com dúvida "O que foi?" e eu contei, claro isso é normal quando se trata da melhor amiga, o namorado dela que estava ao lado ouviu e estava em profunda bebedeira e claro foi falar com ele,- aquele que me deixou perdida em seu sorriso por tempo indeterminado- sem me falar nada, de repente fui puxada por uma mão macia, calorosa e quando me virei para ver quem era o dono era ele, a brecha que eu esperava, aquilo que eu tentava encontrar em toda a minha bebedeira estava ali me levando para longe daquela dimensão. Quando eu encostei na parede e ele chegou mais perto e sorriu pensei 'o sorriso dele é ainda mais lindo de perto' trocamos palavras curtas, no momento eu nem sabia o que eu perguntava muito menos o que eu respondia, eu estava muito longe do qual qualquer um pudesse imaginar e ao mesmo tempo tão perto. Não pude desviar quando ele estava frente a frente aos meus lábios, nunca fiz isso, mais sentia que dessa vez eu tinha de fazê-lo, senti a sua respiração e quanto mais perto chegava mais meu estômago se contorcia e sentia náuseas, e de repente foi como se ao fechar os olhos milhares de fogos passassem por cima de nós, nada existia, problemas , nada. Eu estava tão feliz que podia até gritar, eu estava em um poço fundo, escuro, frio, e uma corda cai atrás de mim, alguém desce por ela e diz 'me dê a sua mão, eu vim para te tirar daqui'. Eu não via a hora de deixar de beija-lo para olhar em seus olhos e beija-lo de novo. Mal eu sabia, que ali, naquele instante, eu conhecera o amor, o verdadeiro amor no qual eu o esperava a tanto tempo que já tinha até desistido de esperar. Quando menos se espera, ele vem!